sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Periodicamente, meus livros ficam gratuitos na Amazon. Quando eu quero. Porque eu quero. Algumas vezes, divulgo a gratuidade. Outras, deixo como surpresinha, para quem encontrar o livro naquele dia. Seja por acaso, seja porque buscou por mim na plataforma.
Também acontece de eu enviar o arquivo de algum livro para certas pessoas. Porque me apetece. Pelos mais diferentes motivos. Mas são escolhas minhas. Eu não tenho que fazer isso.
É chato quando alguém escancara que gosta do que eu escrevo, e ATÉ me lê, contanto que seja de graça -- pois nunca pagaria sequer os dois míseros reais que cobro por boa parte de meus trabalhos postados na Amazon (dos quais embolso setenta centavos, saliento).
Essa coisa do preço é engraçada, aliás. Nós, autores independentes, ficamos entre a cruz e a caldeirinha. Se cobramos barato, dizem que estamos nos desvalorizando,que ninguém leva a sério um livro que custa dois reais (cobramos barato porque queremos que as pessoas sintam que nada têm a perder ao experimentar um autor desconhecido). Se cobramos mais, "Nossa, tá louca, miga, quem vai pagar isso por um e-book de autor desconhecido?"
Meu novo livro, "A Vendedora de Calcinhas Usadas e Outros Profissionais", está à venda por seis reais. Ainda é um preço barato. Quem está disposto a pagar por meu trabalho, porque gosta dele, pagará seis reais. E quem só lê de graça, bem, esse não pagaria nem dois, então... Tá tudo certo.
P.S.: As promoções de gratuidade periódica continuam, só para constar!

domingo, 9 de outubro de 2016

A velha questão sobre se o Kindle Unlimited é ou não vantajoso para o autor...

(O que é o "Kindle Unlimited"? Uma espécie de "Netflix dos livros" da Amazon. Você paga cerca de R$ 20,00 mensais e lê o quanto queira -- contanto que os livros escolhidos estejam cadastrados no programa. Todos os meus estão.)
Acredito que, para aqueles poucos e sortudos que já vendiam bem seus e-books antes do programa, e cobrando inclusive R$ 9,99 no e-book, coisa que nem sonho em fazer (meu preço máximo é R$ 5,99), seja melhor continuar fora do... do KU. Ele paga pouco (cerca de um centavo por página lida). Um romance de R$ 9,99 rende R$ 8,40 para o autor. Ele só conseguiria o mesmo no KU por um romance de mais de 800 páginas.
Para mim, o programa está sendo fundamental. Principalmente levando-se em conta meu livro mais bem-sucedido até agora, "A vendedora de calcinhas usadas e outros profissionais". Ele custa R$ 5,99 e tem 61 páginas. Aparentemente, eu ganharia bem mais pelas vendas que pelo aluguel no Kindle Unlimited: R$ 4,20 vs. R$ 0,61. Só que. Só que...
Ele foi lançado dia 10 do mês passado, e só fiz três vendas. Já os aluguéis...! Desde o dia 18, não se passou nem um dia sequer sem haver registro de páginas lidas no sistema (a primeira semana, do dia 10 a 17, foi mais errática, mas também teve leituras).
Hoje mesmo, já foram 61 páginas lidas até agora, sete e meia da noite. Um livro, portanto, lido do começo ao fim. Há dias em que há mais que o dobro disso. Com sorte, ainda surgirá um madrugador atrás de uma leiturinha antes de dormir, e, com isso, mais páginas lidas serão registradas.

Eu não sou uma autora conhecida -- ainda! ;) Alguém que não esteja disposto a investir seis reais num livro meu pode estar interessado em lê-lo "de graça" (usando as palavras da Amazon. Claro que "de graça" não é, pois você está pagando uma assinatura. Mas vocês estenderam o espírito da coisa.)

O que me deixa muito feliz é que aqueles que têm dado uma chance à "Vendedora de Calcinhas e Outros Profissionais" alugando-o pelo Kindle Unlimited parecem ficar satisfeitos com a leitura -- o número de páginas lidas sempre dá próximo a um múltiplo de 61, ou seja, têm lido o livro inteiro, não estou notando abandonos no meio da leitura! <3